quarta-feira, 29 de abril de 2015

A Moda nos Anos 40

Em 1940, a Segunda Guerra Mundial já havia começado na Europa. A cidade de Paris, ocupada pelos alemães em junho do mesmo ano, já não contava com todos os grandes nomes da alta-costura e suas maisons. Muitos estilistas se mudaram, fecharam suas casas ou mesmo as levaram para outros países.
A Alemanha ainda tentou destruir a indústria francesa de costura, levando as maisons parisienses para Berlim e Viena, mas não teve êxito. 

O estilista francês Lucien Lelong, então presidente da câmara sindical, teve um papel importante nesse período ao preparar um relatório defendendo a permanência das maisons no país. Durante a guerra, 92 ateliês continuaram abertos em Paris.


Apesar das regras de racionamento, impostas pelo governo, que também limitava a quantidade de tecidos que se podia comprar e utilizar na fabricação das roupas, a moda sobreviveu à guerra. 
A silhueta do final dos anos 30, em estilo militar, perdurou até o final dos conflitos. A mulher francesa era magra e as suas roupas e sapatos ficaram mais pesados e sérios. 
A escassez de tecidos fez com que as mulheres tivessem de reformar suas roupas e utilizar materiais alternativos na época, como a viscose, o raiom e as fibras sintéticas. Mesmo depois da guerra, essas habilidades continuaram sendo muito importantes para a consumidora média que queria estar na moda, mas não tinha recursos para isso.



Na Grã-Bretanha, o "Fashion Group of Great Britain", comandado por Molyneux, criou 32 peças de vestuário para serem produzidas em massa. A intenção era criar roupas mais atraentes, apesar das restrições.
O corte era reto e masculino, ainda em estilo militar. As jaquetas e abrigos tinham ombros acolchoados angulosos e cinturões. Os tecidos eram pesados e resistentes, como o "tweed", muito usado na época. 
As saias eram mais curtas, com pregas finas ou franzidas. As calças compridas se tornaram práticas e os vestidos, que imitavam uma saia com casaco, eram populares.
O náilon e a seda estavam em falta, fazendo com que as meias finas desaparecessem do mercado. Elas foram trocadas pelas meias soquetes ou pelas pernas nuas, muitas vezes com uma pintura falsa na parte de trás, imitando as costuras.



Durante a guerra, a alta-costura ficou restrita às mulheres dos comandantes alemães, dos embaixadores em exercício e àquelas que de alguma forma podiam frequentar os salões das grandes maisons. 
Alguns estilistas abriram novos ateliês em Paris durante a guerra, como Jacques Fath (1912-1954) - que se tornaria muito popular nos Estados Unidos após a guerra -, Nina Ricci (1883-1970) e Marcel Rochas (1902-1955), um dos primeiros a colocar bolsos em saias. Alix Grès (1903-1993) chegou a ter seu ateliê fechado logo após a inauguração, em 1941, pelos alemães, por ter apresentado vestidos nas cores da bandeira francesa. Sua marca era a habilidade em drapear o jérsei de seda, com acabamento primoroso.
Outro estilista importante foi o inglês Charles James (1906-1978), que, no período de 1940 a 1947, em Nova York, criou seus mais belos modelos. Chegou a antecipar, em alguns, o que viria a ser o "New Look", de Christian Dior.



Durante a guerra, o chamado "ready-to-wear" (pronto para usar), que é a forma de produzir roupas de qualidade em grande escala, realmente se desenvolveu. Através dos catálogos de venda por correspondência com os últimos modelos, os pedidos podiam ser feitos de qualquer lugar e entregues em 24 horas pelos fabricantes.
Sem dúvida, o isolamento de Paris fez com que os americanos se sentissem mais livres para inventar sua própria moda. Nesse contexto, foram criados os conjuntos, cujas peças podiam ser combinadas entre si, permitindo que as mulheres pudessem misturar as peças e criar novos modelos. 
A partir daí, um grupo de mulheres lançou os fundamentos do "sportswear' americano. Com isso, o "ready-to-wear", depois chamado de "prêt-à-porter" pelos franceses, que até então havia sido uma espécie de estepe para tempos difíceis, se transformou numa forma prática, moderna e elegante de se vestir. 



Com a libertação de Paris, em 1944, a alegria invadiu as ruas, assim como os ritmos do jazz e as meias de náilon americanas, trazidas pelos soldados, que levaram de volta para suas mulheres o perfume Chanel nº 5.
Em 1945, foi criada uma exposição de moda, com a intenção de angariar fundos e confirmar a força e o talento da costura parisiense. Como não havia material suficiente para a produção de modelos luxuosos, a solução foi vestir pequenas bonecas, moldadas com fio de ferro e cabeças de gesso, com trajes criados por todos os grandes nomes da alta-costura francesa.

Importantes artistas, como Christian Bérard e Jean Cocteau participaram da produção da exposição, composta por 13 cenários e 237 bonecas, devidamente vestidas, da roupa esporte ao vestido de baile, com todos os acessórios, lingeries, chapéus, peles e sapatos, tudo feito manualmente, idênticos, em acabamento e luxo, aos de tamanho natural.
No dia 27 de março de 1945, "Le Théatre de la Mode" (O Teatro da Moda) encantou seus convidados em Paris. Mais de 200 mil franceses visitaram a exposição, que seguiu para vários países, como Espanha, Inglaterra, Áustria e Estados Unidos, sempre com muito sucesso.






No pós-guerra, o curso natural da moda seria a simplicidade e a praticidade, características da moda lançada por Chanel anteriormente. Entretanto, o francês Christian Dior, em sua primeira coleção, apresentada em 1947, surpreendeu a todos com suas saias rodadas e compridas, cintura fina, ombros e seios naturais, luvas e sapatos de saltos altos. 
O sucesso imediato do seu "New Look", como a coleção ficou conhecida, indica que as mulheres ansiavam pela volta do luxo e da sofisticação perdidos. 
Dior estava imortalizado com o seu "New Look" jovem e alegre. Era a visão da mulher extremamente feminina, que iria ser o padrão dos anos 50.


segunda-feira, 20 de abril de 2015

1930 - Anos de Crise.

Cabelos

Nos anos 30 o cabelo começa a crescer, mas ainda continua um pouco curto, divididos de lado ou no meio, porém, mais onduladosCom uma pegada mais feminina, o comprimento aumenta, porém os cabelos não passavam da altura do ombro. Ondulados e cacheados eram hits e loiro era a cor mais amada. Era muito comum aliar os penteados ao uso de chapéus. 



Acessórios

A elegância era sempre um ponto alto: a luva era o acessório do momento, os chapéus eram imaginativos e únicos em comparação aos dos anos anteriores. Femininos, vibrantes e muitas vezes de formato incomum, os chapéus da década de 30 foram influenciados pela arte, estilos europeus e até mesmo a Grande Depressão. Outro acessório característico da época é a boina que era usada de lado. 


Na década de 30 Chanel inovou novamente, mas desta vez no mundo das jóias com sua coleção
Bijoux de Diamants , jóias de diamantes com desenhos delicados e seguindo o estilo de Chanel, 
altamente inspirado em sua infância, nas constelações, franjas e penas.


Sapatos

Os anos 30 trouxeram a Grande Depressão e isto teve repercussões na moda. Os saltos se tornaram mais baixos e mais largos. Nessa época muitas mulheres condenavam os saltos altos, mas foi a partir da Segunda Guerra Mundial que os saltos passaram por uma fase de verdadeiro desprezo devido ao racionamento do couro.
Os sapatos de luxo tiveram um destaque especial nesta década. Em 1935 o italiano Salvatore Ferragamo lança sua marca que viria se transformar em um dos impérios do luxo italiano. Com a crise que também atingia a Europa, Ferragamo começou a usar materiais mais baratos, como o cânhamo, a palha e os primeiros materiais sintéticos.


Maquiagem

A maquiagem começou a ser menos pesada e a principal característica eram as sobrancelhas arqueadas e finas e uma sombra mais clara no côncavo para deixar o olhar mais sedutor. O blush começou a ser mais utilizado para dar um ar de saúde para as bochechas.Sombras em pó dos marrons aos cinzas, e inclusive o preto, utilizado na noite. Os cílios
cuidadosamente recurvados e cobertos por máscaras para cílios. Para evitar todo excesso
considerado vulgar, a maquiagem da boca tornou-se mais discreta, mas não foi anulada, utilizaram-se os tons avermelhados e boca, valorizando os lábios, porém mantendo os olhos em evidência.



segunda-feira, 13 de abril de 2015

Gilbert Adrian - A Moda nos Anos 30

Adrian Adolph Greenberg



Adrian , foi um americano figurinista cujos figurinos mais famosos foram para O Mágico de Oz e outros Metro-Goldwyn-Mayer filmes dos anos 1930 e 1940. Durante sua carreira, ele desenhou figurinos para mais de 250 filmes e seus créditos de tela normalmente lido como " Vestidos por Adrian ". Na ocasião, ele foi creditado como Gilbert Adrian, uma combinação do nome de seu pai e de seu próprio.





Adrian trabalhou com algumas das maiores estrelas femininas do dia como Greta Garbo , Norma Shearer , Jeanette MacDonald , Jean Harlow , Katharine Hepburn e Joan Crawford . Ele trabalhou com Crawford 28 vezes, Shearer 18 e Harlow 9. Ele trabalhou com Garbo ao longo da maior parte de sua carreira. Adrian estava atrás de roupas de assinatura de Crawford com grandes ombreiras , que mais tarde gerou uma tendência da moda.





Adrian era o mais famoso por seus vestido de noite projetos para essas atrizes, um talento exemplificado em As Mulheres . As Mulheres (1939), filmado em preto e branco, originalmente incluído um desfile de moda de 10 minutos em Technicolor , que contou com designs mais outré de Adrian; muitas vezes cortada em exibições de TV, ela foi restaurada para o filme por Turner Classic Movies . Adrian também era bem conhecido por seus figurinos extravagantes, como em O Grande Ziegfeld (1936) e opulentos (se não historicamente exato) vestidos de época, como os de Camille (1936) e Maria Antonieta (1938).


Adrian é talvez mais conhecido por seu trabalho no filme clássico de 1939, O Mágico de Oz . Adrian projetou para o filme sapatos de lantejoulas vermelho-rubi para Judy Garland .O que poucos sabem é que o modelo utilizado no filme não foi a primeira criação de Adrian para Dorothy. Houve um primeiro modelo considerado um pouco exótico que, hoje, pertence a atriz Debbie Reynolds. Todo o figurino de Dorothy foi de Adrian, apesar de o vestido ser azul, a criação original era vermelha.


Adrian deixou MGM em 1941 para montar a sua própria casa de forma independente, embora ele ainda trabalhou em estreita colaboração com Hollywood.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Schiaparelli - A Moda nos Anos 30

Elsa Schiaparelli


"Quando o vento arranca o chapéu da sua cabeça e o faz voar cada vez mais longe, é preciso correr mais rápido que o vento para alcançá-lo. Eu sempre soube que para construir mais solidamente, às vezes somos obrigados a destruir, a fim de estabelecer uma nova elegância para as maneiras brutais da vida moderna."

Elsa Schiaparelli
A moda e a arte sempre caminharam juntas para Elsa Schiaparelli, uma italiana de alma francesa, que não criava apenas vestidos, chapéus e acessórios, mas verdadeiras obras de luxo e  excentricidade. Suas roupas eram feitas para impressionar, para destacar a mulher que as usava.


Schiap, como era conhecida em Paris, viveu o auge de seu sucesso durante a década de 30. Era amiga dos artistas da época, como Jean Cocteau e Christian Bérard, mas foi com o surrealismo de Salvador Dalí que ela mais se identificou. Chegaram a trabalhar juntos em várias criações, como o chapéu-sapato, a bolsa em forma de telefone, o tailleur com vários bolsos em forma de gaveta e o vestido decorado com uma grande lagosta.



Seu estilo moderno e excêntrico a fez criar um tom de rosa eletrizante, o qual ela chamou de "shocking", o famoso rosa-choque. Em 1938, Schiap lançou um perfume com o mesmo nome - "Shocking". O frasco foi desenhado pela pintora surrealista Leonor Fini e tinha a forma de um torso feminino. Na verdade, o da atriz Mae West, que encarnava a ousadia do estilo Schiap. O seu livro de memórias, lançado em 1954, também recebeu o nome da sua cor preferida.


O estilo marcante de Elsa Schiaparelli talvez pudesse ser representado pelo seu rosa "Shocking, descrito por Yves Saint-Laurent como: "Uma provocação". 

quinta-feira, 9 de abril de 2015

A Moda nos Anos 30

A década de 30 é conhecida pela crise econômica, a queda da Bolsa de Valores de Nova York provocou uma crise sem precedentes. Milionários ficaram pobres de um dia para o outro, bancos e empresas faliram e milhões de pessoas perderam seus empregos.
Em geral, os períodos de crises não são caracterizados por ousadias na forma de se vestir. Diferentemente dos anos 20, que havia destruído as formas femininas, os 30 redescobriram as formas do corpo da mulher através de uma elegância refinada, sem grandes ousadias.Os vestidos ficam mais longos, além de possuírem uma pequena capa ou um bolero, também bastante usado na época.




O corte enviesado e os decotes profundos nas costas dos vestidos de noite marcaram os anos 30, que elegeram as costas femininas como o novo foco de atenção. Alguns pesquisadores acreditam que foi a evolução dos trajes de banho a grande inspiração para tais roupas decotadas.




Alguns modelos novos de roupas surgiram com a popularização da prática de esportes, como o short, que surgiu a partir do uso da bicicleta. Os estilistas também criaram pareôs estampados, maiôs e suéteres. Um acessório que se tornou moda nos anos 30 foram os óculos escuros. Eles eram muito usados pelos astros do cinema e da música.




Assim como o corpo feminino voltou a ser valorizado, os seios também voltaram a ter forma. A mulher então recorreu ao sutiã e a um tipo de cinta ou espartilho flexível. As formas eram marcadas, porém naturais.
Seguindo a linha clássica, tudo o que era simples e harmonioso passou a ser valorizado, sempre de forma natural.




No final dos anos 30, com a aproximação da Segunda Guerra Mundial, que estourou na Europa em 1939, as roupas já apresentavam uma linha militar, assim como algumas peças já se preparavam para dias difíceis, como as saias, que já vinham com uma abertura lateral, para facilitar o uso de bicicletas.Conjuntos com o mesmo tecido e cores começaram a surgir, geralmente com tons mais mortos como vede musco, amarelo e bege. Luvas e chapéus também viraram tendências.




Muitos estilistas fecharam suas maisons ou se mudaram da França para outros países. A guerra viria transformar a forma de se vestir e o comportamento de uma época.


quarta-feira, 8 de abril de 2015

1920 - Anos Loucos

Cabelos

Marcel Waves

O Marcel Waves era o penteado mais popular da época, caracterizado por ondas bem marcadas e definidas no topo da cabeça e no comprimento dos cabelos, principalmente nos fios curtos. Para reproduzir o estilo, as mulheres aplicavam fixador nos cabelos e faziam ondas rente à raiz. Para que o ondulado ficasse bem marcados, alguns grampos eram presos na horizontal.
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Bob Cut

O corte de cabelo curto e reto conhecido como "Bob" surgiu na primeira década do século XX e foi consagrado em 1918 pela estilista francesa Gabrielle Bonheur Chanel, a Coco Chanel. A partir aí, o modelito também o passou a ser chamado de corte "Chanel".



La Garçonne

Louise Brooks foi uma das personagens mais marcantes da década de 1920 com os fios curtíssimos e a franja reta caindo sob os olhos. O corte, chamado "La Garçonne" fez a cabeça das moças da época, um representante perfeito do novo estilo da mulher que eram mais práticas, não vestiam mais espartilhos, bebiam licores fortes, fumavam, conduziam e iam trabalhar.



Acessórios

Outra curiosidade bacana sobre os anos 20 é sobre a importância dos acessórios usados, do qual era uma regra chamar mais a atenção do que o seu valor material, ou seja, não importava se era jóia ou do que e como era feito e sim se ele era chamativo! E nisto madame Chanel teve grande importância com seus colares de pérolas falsas e bijuterias luxuosas. Os chapéus perderam volume e os modelos touca eram mais adequados a modernidade daqueles anos extravagantes e glamorosos.



Headband

A "headband" é um acessório cheio de história e sempre ganhou adaptações conforme cada período. De origem grega, a peça já foi decorada com flores, ouro, prata, e, na década de 20, as aplicações em joia trouxeram o conceito de exclusividade. Além de segurar os fios lisos e curtos ou os penteados super ondulados, o acessório trazia todo o glamour da -Art Déco- para os cabelos. Numa versão mais simples, a peça de tecido também fazia sucesso em looks diurnos.






Cloche

Em francês, o termo significa ‘sino’. E é exatamente esse o formato do modelo tipicamente feminino e que é marca registrada da moda dos anos 20. (Apesar dele permanecer fantástico e atual ainda hoje). Sua característica marcante é a copa ajustada à cabeça com abas redondas e curtas que podem ser viradas para cima. Também é chamado cloche aqueles modelos que têm abas com aspecto ‘folgado’ e que ficam soltas sobre a testa. Indicado para dias frios, porque esquentam a cabeça, ou nos dias de sol, porque protegem um pouco o rosto. Com ele, dá para compôr um look retrô e super femininos.




Sapatos

À medida que as baínhas foram subindo, as pernas e os pés ficaram subitamente à mostra e os sapatos tinham de ser tão belos quanto práticos. Os sapatos esplendorosos – de saltos altos e tiras – eram o símbolo do hedonismo sem freio daquela época.
Por volta de 1920, as mulheres libertaram-se, o mesmo acontecendo com os seus pés. Adaptações de modelos masculinos como o sapato de trabalho e o Oxford proliferavam.
O sapato boneca com pulseira abotoada no tornozelo, com salto baixo, foi originalmente criados para crianças. No entanto, durante esta década, este modelo foi muito usado pela mulher.



Maquiagem

Durante a vibrante década de 1920, as mulheres mudaram suas concepções sobre comportamentos aceitáveis em público, assim como também no que dizia respeito à sua aparência. A maquiagem estava em alta: muita maquiagem. 
A influência das estrelas do cinema mudo como Theda Bara e Clara Bow, assim como as tendências vindas do leste, contribuíram para o estilo da tão almejada pele branca como neve. Geralmente, as mulheres conquistavam esse visual usando pó de arroz. O rouge era usado com moderação, mais para criar contornos, deixando os efeitos dramáticos para os olhos e lábios.



O batom vermelho vinho era a única opção disponível, sendo aplicado em grandes quantidades e com frequência, os lábios ganhavam forma de coração. As sombracelhas eram bem feitas e super finas, as vezes eram totalmente removidas e substituídas por um simples traço de lápis como uma nova sombracelha. A maquiagem dos olhos, quanto mais dramática e pesada, melhor. O kohl, feito de fuligem, chumbo e gordura de ganso, era aplicado por todo o olho, além de ser usado como delineador. Para finalizar o visual, era usada a primeira forma de rímel: um bloco de cera que as mulheres derretiam e aplicavam com um bastão alaranjado.





quinta-feira, 2 de abril de 2015

Jean Patou - A Moda nos Anos 20



Alexandre Jean Patou 




Jean Patou nasceu na região francesa da Normandia, em uma família ligada aos negócios com couros.

Em 1912, em Paris, abriu seu primeiro salão, a Maison Parry, com roupas que fizeram sucesso imediato. 




Com a 1ª Guerra Mundial, Patou, interrompeu suas atividades como estilista, pois posuia o posto de capitão do exército argelino a serviço da França. Só voltou a abrir seus negócios com o fim do conflito, em 1919, já com seu próprio nome, conquistando uma grande clientela, na qual se incluíam atrizes famosas tais como Louise Brooks e Constance Bennett, que vestiam suas criações com saias em forma de sino, com cintura alta, no estilo pastora, às vezes bordadas com desenhos típicos russos. 



Jean Patou se destacou na linha "sportswear" nos anos 20, a grife Patou era consumida internacionalmente, e seu sucesso se baseava na mistura de elegância com simplicidade. Ele renovou a malharia da época, ao criar, ao lado de Suzanna Lenglen, a saia de tênis, assim como a roupa de praia. Ele também desenvolveu pesquisa de tecidos junto às indústrias Bianchini-Férier, famosa na época pela criação do crepe georgete, e Rodier, buscando soluções cada vez melhores para suas roupas esportivas e trajes de banho.


Em 1929, Patou lançou a linha princesa, composta por vestidos de cintura alta, em um estilo que atravessou o século com seguidoras fiéis. No mesmo ano, ele lançou o perfume Joy – considerado um dos mais famosos da história da perfumaria. Também foi Patou que lançou o l’huile de Chaldée – o primeiro bronzeador solar.



Depois de sua morte, em 1936, Marc Bohan, Karl Lagerfeld, Jean Paul Gaultier e Christian Lacroix assinaram as coleções Couture. Contudo, nos últimos anos, somente a linha de perfumes continua na ativa.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Coco Chanel - A Moda nos Anos 20



Gabrielle Bonheur Chanel


"Eu criei um estilo para um mundo inteiro.
Vê-se em todas as lojas "estilo Chanel". Não há nada que se assemelhe. Sou escrava do meu estilo. Um estilo não sai da moda; Chanel não sai da moda."
                                                    - Coco Chanel



Chanel libertou a mulher das faixas e cintas, dos corpetes apertados, das saias amplas de múltiplos babados e franzidos do fim do século 19 e começo do século 20.
Em 1916, ela introduziu na alta-costura o jérsei de malha, os trajes de tecidos xadrez e a moda escocesa, com blusas de malha fina, as calças boca-de-sino, as jaquetas curtas e os casacos cruzados na frente e acinturados em estilo militar.



Para a noite, Chanel criou vestidos em negro metálico, vermelho escarlate ou bege. Laços e paetês eram os únicos enfeites e não impediam que as mulheres se movimentassem com rapidez, ágeis como pedia a estética de um século onde tudo se tornava automatizado.
O vestido negro, simples, com gola e mangas largas e punhos, a jaqueta de corte reto e a saia simples foram inovações da estilista.
O nascimento do chamado "pretinho básico" data de 1926, quando uma ilustração na revista "Vogue" mostrava o vestido desenhado por Chanel - o primeiro entre vários que iria produzir ao longo de sua carreira.
Seus modelos simples, ao alcance da mulher de bom gosto e de poucos recursos, foram muito imitados e confeccionados em mais categorias de preços do que qualquer outra criação da alta-costura.



Foi ela também quem introduziu as falsas jóias ao mundo da moda. Chanel sempre gostou de usar muitos acessórios, como colares de correntes ou pérolas de várias voltas.



Chanel morreu em Paris, no dia 10 de janeiro de 1971, aos 87 anos, em sua suíte particular no hotel Ritz.